Zaha Hadid: o desconstrutivismo na vanguarda da arquitetura
Com alma revolucionária, é coerente afirmar que Zaha Hadid foi um dos nomes responsáveis por transformar a arquitetura contemporânea e abrir caminhos para uma profissão mais ousada, criativa e imponente. Conhecida por muitos como a melhor arquiteta do mundo, a iraquiana foi a primeira mulher a vencer o Prêmio Pritzker e ficou conhecida por ir além dos limites das linhas e esboçar obras vistas como irrealizáveis — tamanho o grau de complexidade de suas criações. Nascida em 1950 na cidade de Bagdá, Hadid iniciou na arquitetura aos 22 anos e, apenas alguns anos mais tarde, fundou o Zaha Hadid Architects.
Se engana quem pensa que o legado de Zaha Hadid chegou ao fim com a sua morte, em 2016. Pelo contrário, seu escritório — agora dirigido pelo arquiteto Patrik Schumacher — continua a projetar obras culturalmente marcantes que mantêm vivos a memória e o estilo da arquiteta. Dando novos significados ao desconstrutivismo com construções orgânicas, que vão desde paredes sobrepostas a imensas curvas, Hadid ficou conhecida primeiramente pelos seus esboços inconfundíveis e os prêmios que decorriam deles — além da fama de serem impossíveis de construir e fora do padrão encontrado na época. Seu primeiro projeto ganhou vida em 1994 e, atualmente, suas criações estão distribuídas no mundo inteiro.
O dom quase sobrenatural permitia que Zaha inter-relacionasse o design, a arquitetura e o urbanismo de maneira jamais vista anteriormente, a tornando uma profissional implacável e diversa. O Centro de Esportes Aquáticos, em Londres, o Guangzhou Opera House, na China, e o Centro Rosenthal de Arte Contemporânea, nos Estados Unidos, são alguns dos tantos projetos realizados pela arquiteta e sua equipe. No processo criativo, a forma como as coisas se deslocam e a beleza do natural foram algumas das inspirações da Rainha das Curvas, retratadas em ambientes que demonstram movimento, expressão, diálogo e a colocam no pódio da arquitetura mundial.